Havia amanhecido, Thomas saiu cedo de casa ainda deixara Eva adormecida na cama, era dia de preparar todas as coisas na TKC Inc. Precisava deixar as instruções para manter a firma funcionando tranquilamente enquanto estivesse fora e ainda não sabia nada sobre a tal missão que teria. Saiu de casa logo após checar que Car estava bem e dormindo como um anjinho, Que Eva ainda dormia deliciosamente sob os lençóis rosa chá da cama. E aquele maldito cachorro fazia cocô novamente na porta de casa, mas isto descobriu tarde demais, apenas depois de um ruído convencional e conhecido para Tommy que iria xingar em alto e bom tom, se não lembrasse da hora e de que suas duas mulheres repousavam nos respectivos quartos.
TK:- Maldito cachorro!! – esfregava o pé no tapete ao abrir a porta para sair.
– Eu juro que vou enfiar uma rolha na bunda deste infeliz. Como é que um cuzinho tão pequeno pode fazer tanta merda?! - Arqueava a sobrancelha numa careta pelo mau cheiro que subia
– O que a Eva anda dando para este animal? Leite fermentado? - Saia da varanda da casa se preocupando em arrastar a sola do sapato pelo capim para ajudar na limpeza improvisada e checava o relógio arrumando os óculos sobre o rosto. Arrumou o bluetooh no ouvido quando percebeu a luz incandescente azul piscar incessantemente e abria a porta da Van negra para entrar. Jogou o laptop para o banco do carona deixando o corpo cair no banco.
- TK.. Pros. – não sabia se era o batimento do seu coração, ou a voz que vinha debaixo quando sentava no banco do motorista.
Srta. Lollypop:- Quer passear comigo? Quero comidinha! Preciso de banho!
TK: Pulou como podia ao sentir que havia algo mais que o estofamento do carro da família. E percebeu que o pulo havia sido alto demais quando sentiu a cabeça chocar-se com o teto do veículo.
- Merda!!!! Aow! – Os olhos iam rápidos ao banco.
Kim:- TK.. Aqui é a base. Algum problema? – Escutou a voz feminina que se fazia do outro lado do telefone. – O que aconteceu?
TK:- Srta. Lollypop.. – respondeu num tom de esbravejamento. Porque diabos Carey tinha que ficar largando os brinquedos por todo o canto?
Kim:- O que? TK, vc está bem?! Quem é Srta. Lollypop? Codinome novo?
TK:- Ele retirava a boneca jogando-a no banco detrás do carro e acomodando-se no banco enquanto ligava o carro.
- O que? Do que vc ta falando Kim? – Ajeitava os óculos enquanto o carro saia da garagem da casa. – Codinome novo? Porque vou mudar o codinome?
Kim:- Quem falou em mudar Codinome? Porque quer mudar seu codinome?
TK:- E quem disse que quero mudar meu codinome? Porque querem que eu mude o meu codinome?
Kim:- TK.. Nos não queremos que mude seu codinome..
TK:- Ué.. Mas eu também não quero mudar meu codinome...está me deixando confuso..
Kim:- Pq eu acho que este papo não vai nos levar o lugar algum?
TK:- Kim.. Você está usando a linha da Ordem para brincar no meu aparelho a esta hora da manhã? Tem o que fazer não?
Kim: A mulher calava-se do outro lado, provavelmente contando até 20 para não xinga-lo.
- TK.. Quer calar a boca? O Stuart quer falar com vc. São as coordenadas para a missão em Berlim.
TK: Ele sorria, sabia que tinha irritado a oriental, e isso o divertia. Escutou ela falar que teria uma conversa com Stu e meneou a cabeça afirmativamente, enquanto dirigia pela avenida central.
- Ok.. Estou aguardando as instruções. Mas Kim.. Pq quer mesmo que eu mude meu codinome?
Kim:- Vai à merda TK..
TK: Ele continha o riso e escutava o ruído característico que indicava que a transmissão era transferida de ponto e a expressão de TK se alterava. Tornava-se sério ao escutar a voz rouca do homem do outro lado.
Stuart:- Thomas.. Como vai?
TK:- Bem.. E vc Stu?
Stuart: Já estive melhor.. Ando preocupado com Leonard. Ainda não voltou da missão para procurar Ian e Richard.
TK:- Richard, O lycan?
Stuart:- Sim..
TK:- É atrás deles que estamos indo?
Stuart:- Não.. Não ainda.. Estamos enviando vc e K. para averiguar o envolvimento de um ventrue em sistemas de tecnologia científica. Temos informações que Frederick Von Cassidy está arquitetando a criação de aberrações. Suspeitamos que ele esteja envolvido no desaparecimento de Richard. Mas os informantes garantem que a base de operações está em Berlim e não em Londres como suspeitávamos. Jovens desapareceram, e segundo nossos arquivos existem fortes indícios de que eram Lycans. Oscar Litzendorf, Diretor presidente das organizações Litzendorf concordou em receber alguns jornalistas para uma coletiva sobre a nova vacina que estão desenvolvendo. Existem fortes indícios de que Litzsendorf seja colaborador de Cassidy. Objetivo: Coletar dados de sistema que comprovem a ligação da Empresa de Oscar com o ventrue. Coletar dados e informações sobre esta vacina. Coletar dados sobre o sistema de segurança da organização. Descobrir a existência do covil de Frederick Von Cassidy. E preste bem atenção TK.. Não invadir sozinho o covil do Ventrue. Entre em contato com a Ordem e mandaremos a equipe até vocês. Nesta missão serão: Natalie Martin e Gregory Potter. Repórteres do New York Times. Reservas feitas para vocês no Caesar. Quartos separados. Demais instruções sobre Von Cassidy, seus aceclas e Oscar Litzendorf serão enviadas para vocês via e-mail. No cofre do hotel vão encontrar as credenciais para poderem participar da coletiva que Oscar dará. Alguma dúvida?
TK: Havia escutado a tudo com máxima atenção e se preocupara apenas com a parte de não invadir sozinhos. Ahh ele não era casado com Eva.. Não sabia da louca que tinha em casa.
- Não Stu.. Compreendi tudo. Estamos partindo hoje a noite mesmo, dois dias antes do combinado para que possamos fazer algumas pesquisas, antes de entrar em ação
Stuart:- Muito bem.. – TK escutou o que poderia ser um sorriso vindo do outro lado do telefone. – Entrarei em contato. Boa viagem, filho.
TK: O clic que vinha logo após poderia ser escutado pelo aparelhinho que TK tinha no ouvido. Stu nunca fora um bom pai mesmo. Sequer perguntara pela neta. Não fazia diferença. Deu de ombros enquanto continuou guiando para o escritório e de lá entraria em contato com Eva. Esperava que ela conseguisse convencer a pobre Maria a cuidar de Car. Estacionou no prédio no centro da cidade e deixou que os pés o levassem até a cobertura.
Anne Fimmel: Bom dia Senhor O’Connelly.. – A voz das jovens e belas Srta. Fimmell se fazia escutar enquanto ela levantava da cadeira na ampla sala que dava passagem para a sala de Thomas no prédio finamente decorado da TK Corporation.
– A reunião com o grupo Takeda está agendada para hoje às 16h00minh. – E a mulher desatava a segui-lo enquanto ele caminhava, cumprimentando com sorrisos e moveres de cabeça os funcionários daquele andar até a sua sala
– As 13h00min tem a entrevista com a Guns Magazine. As 12h00minh almoço com o grupo de Espanhóis interessados em propor uma fusão..
TK: Ele parava os passos virando para a jovem loira.
- Srta. Fimmell.. Não consegue falar em ordem de horário? Assim evitamos o ping pong.... E Tommy vai para as 16h00min e volta para as 13h00min e segue para as 12h00min.. Tentemos uma ordem crescente.. Alias.. Não.. Não tentemos.. Tentemos cancelar a todos esses compromissos.. Não.. Melhor.. Chame o Nicholas.. Diga-lhe que venha a minha sala, precisarei me ausentar por alguns dias, e ele vai comparecer aos compromissos por mim.
Anne Fimmel: - O Nicholas?
TK: - Sim... O Nicholas..Não esqueça de providenciar uma roupa como esta para ele.
Não adianta ser parecido comigo se não se vestir igual não é mesmo?
Anne Fimmel: A mulher meneava a cabeça afirmativamente entre o suspiro exasperado. Para onde ele viajava tanto e sem dar explicações? E pq diabos ele tinha um sósia para responder a seus compromissos quando não poderia estar aqui? Pq não desmarcava como qualquer empresário que se preze?
- Sim senhor O’Connelly.. Algo mais?
TK: Ele abria a porta do escritório preparando-se para entrar.
- Sim.. Ligue para a minha casa, e peça para falar com a minha esposa. E não marque mais nenhum compromisso até a minha volta. Nada decisivo. Entrevistas, almoços, eventos, o Nicholas pode ir tranquilamente. – Fechava a porta enquanto a mulher mantinha-se atônita na porta do escritório e podia escutar a porta abrir novamente.
– Ainda aí Srta. Fimmell? Não entendeu alguma coisa? Duvida? Quer dinheiro emprestado?
Anne Fimmel: A mulher assustava-se e sacudia a cabeça negativamente.
- Na.. Não senhor!! – E saia numa pressa que o fazia rir.